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A Caixa Crédito Agrícola Mútuo

do Vale do Dão e Alto Vouga

divulgou 8ª edição

do Programa CA Nota 20


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Dia Mundial De Saúde Mental, 10 Out 2012

No dia 10 de outubro, comemora-se o Dia Mundial de Saúde Mental.

Mas afinal o que é a saúde mental? Se alguém tem o braço partido, sente compaixão e preocupação com aquela pessoa. Mas quando o problema é psiquiátrico, as pessoas não sabem como reagir porque não conseguem ver nada. Mas porque não se consegue ver a dor de uma pessoa, não significa que essa pessoa não precisa de apoio e cuidados.

A Saúde Mental é uma componente essencial da saúde. A saúde mental é um estado de bem-estar em que o sujeito tem consciência das suas capacidades, consegue lidar com os eventos stressores da vida, consegue trabalhar produtivamente e está apto a contribuir no seio da sua comunidade. Neste sentido positivo, a saúde mental é o pilar base para o bem-estar individual e o funcionamento efetivo de uma comunidade.

- Mais de 450 milhões de pessoas sofrem de doenças mentais. Muitos mais têm problemas mentais;

- A depressão é a causa principal de incapacidade em todo o mundo;

- 1 em cada 4 pessoas serão afetadas por um transtorno mental em algum ponto das suas vidas;

 - A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio;

- 4 em cada 5 pessoas com transtornos mentais em países desenvolvidos não recebe tratamento;

- Quase 50% das perturbações mentais tem início antes dos 14 anos;

- 2.5 milhões de mortes por ano devem-se ao uso nocivo de álcool;

O fardo das doenças mentais dá origem a inúmeras consequências sociais e económicas a nível individual, familiar e comunitário. Por isso, neste dia Mundial da Saúde Mental incentive todos à sua volta a educar-se e a aumentar a consciencialização sobre a saúde mental e as questões dos direitos humanos. Promova no seu dia-a-dia atitudes positivas, não discriminatórias e igualitárias a nível de oportunidades para pessoas com doença mental. Todos nós, em pequena ou grande escala, direta ou indiretamente, podemos contribuir para a promoção da saúde mental e para o aumento de qualidade de vida daqueles que sofrem de perturbações mentais.

Vejamos…

No último mês tem sido recorrente a expressão de tristeza no seu filho? Está frequentemente com medo? Nota-o excessivamente irritado, agitado, agressivo? Vê-o frequentemente a chorar? Tem dificuldades em controlar o seu comportamento na escola? Sente que o seu filho não está bem?

Sabemos que se preocupa. Sabemos que é angustiante para um pai, para uma mãe observar tristeza no olhar do filho e não saber porquê, senti-lo agressivo e não o conseguir apaziguar, dar conta que durante a noite deixa soltar um soluço que não conseguiu abafar com a almofada...

A mãe, o pai, o tio, a tia, o professor, os adultos de referência têm um papel fundamental na saúde mental das crianças e dos jovens que educam. Cada um e todos terão todos os dias, todos os minutos a possibilidade de contribuir para essa saúde mental.

Mas como? É importante não deixar fugir cada oportunidade para um ensinamento. Transmitir-lhes segurança, confiança nos seus atos, nos riscos que querem tomar, refletir em cada ação as consequências da mesma, os prós e contras de mergulhar de uma rocha, de não arrumar os brinquedos quando lhes pedimos, de dormir quando aconselhamos a que façam, na organização dos estudos, nos projetos de vida.

Estar com a criança ou com o jovem em cada experiência, criar um porto seguro onde se esclarecem dúvidas e onde sabem que poderão voltar se algo correr mal.

É essencial que não se deixem dúvidas para esclarecer e em simultâneo que se dê espaço para experimentar, para ver como é, para conhecer por si próprio.

É determinante a tranquilidade de quem é mais velho, mais experiente na vida para construir estratégias com os mais novos, para passar ensinamentos, para depositar confiança.

A saúde mental constrói-se em pequenos gestos, com uma conversa de jantar, com um ambiente seguro e apaziguador em casa e na escola, com um aconchegar na cama, um tempo de qualidade de brincadeira de 10 minutos em cada dia. A saúde mental de cada criança e jovem constrói-se na resposta às suas ansiedades e no desenvolvimento da tolerância à frustração, no ensinar e aprender a saber esperar, a ouvir um não, a ter regras. Constrói-se em cada momento em que estamos em relação com os nossos filhos.

Por isso, cada momento deve ser avaliado cuidadosamente, cuidado e aproveitado.

Sabemos que a construção precoce deste equilíbrio emocional e cognitivo, entre o sentir e o pensar contribuirá para menores riscos na saúde mental do futuro adulto, o qual será mais hábil e mais competente nas batalhas que terá de enfrentar na fase adulta.

É frequente que as circunstâncias da vida, inúmeras, complexas e frequentemente difíceis de contornar, contribuam para alguns embates e “abanões” na saúde mental mesmo em idades muito precoces, que a pode enfraquecer. É urgente que nesses embates haja intervenção, haja reparação. É nesse sentido que surgem os serviços de saúde mental, os profissionais de saúde mental que poderão contribuir para essas reparações, num trabalho de equipa com todos os agentes educativos da criança ou jovem em questão. Sim, é possível reparar a saúde mental, repô-la, reconstrui-la, torná-la mais forte.

Mais uma vez, pais e educadores são peças essenciais nessa “reparação”. Conhecedores da criança ou do jovem, avaliadores sensíveis à necessidade de uma intervenção mais clínica que contribua para a saúde mental. Depois, também agentes essenciais na intervenção que se faz, como parte da equipa que ajuda a criança ou o jovem a prolongar em tempo e espaço reais o que trabalhou no consultório com os técnicos de saúde especializados na área da saúde mental. Estes serviços existem porque cada vez mais a vida tem exigências maiores e mais difíceis, porque cada vez mais a saúde mental sofre embates mais precoces que merecem uma atenção mais especializada, porque os educadores, sejam eles pais ou não, se sentem sozinhos, não têm manual de instruções, precisam de um suporte para a tarefa difícil de “educar” a saúde mental nas crianças e jovens.

É essencial uma visão sempre atenta da agressividade, tristeza, ansiedade, frustração, raiva, sofrimento de quem educamos todos os dias para que todos os dias sejam feitas as construções e reparações necessárias, numa perspetiva de prevenção, para adultos do ponto de vista da saúde mental mais sãos, mais competentes e mais confiantes.

Sempre que necessário confiar em quem nos pode ajudar, recorrer a quem poderá compreender o que nos está a angustiar sem julgar, numa perspetiva de que isso também é cuidar da saúde mental do seu filho. Amanhã, Dia Mundial da Saúde Mental, pense nisto.

10 de outubro de 2012

P’la Equipa de Saúde Escolar da UCC Mirante Seixo

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