TAIZÉ / Alunos do Secundário de EMRC
Entre os dias 6 e 14 de fevereiro o nosso Agrupamento juntou-se a mais 10 escolas da Diocese de Viseu, numa iniciativa da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica. Oito autocarros, num total de 433 pessoas, entre alunos e professores, rumaram à Comunidade de Taizé, onde estiveram durante 7 dias. Do Agrupamento foram vinte alunos, acompanhados por dois professores.
Taizé é uma Comunidade Ecuménica, situada no sul de França, fundada pelo Irmão Roger, para quem era essencial criar um espaço “onde a bondade do coração e a simplicidade estivessem no centro de tudo”. Jovens dos quatro cantos do mundo são desafiados a viver uma semana fundada no Evangelho, através da vida em comunidade, simplicidade, oração e silêncio. Os nossos alunos responderam “sim” a este apelo, juntando-se a mais de 1000 portugueses e a outros jovens vindos de França, Itália, Austrália, Polónia, Alemanha, entre outros países.
Para além de terem sido chamados à oração três vezes por dia, pelas badaladas dos sinos, viveram momentos de silêncio, partilharam uma reflexão bíblica diária em pequenos grupos e tiveram um espaço onde puderam fazer festa. Para as refeições, também elas simples, uma colher bastava. Dormiram em camaratas, no saco cama que cada um trouxe.
Podendo parecer fácil, foi uma semana que exigiu um desprendimento do materialismo, dos enfeites e das distrações do dia-a-dia. Nos primeiros dias cada um estava a descobrir o lugar, as rotinas e a simplicidade. A oração e o silêncio pareciam ser uma novidade, mas cada um, ao seu ritmo, encontrou o seu espaço e deixou que o pouco conduzisse ao essencial.
Esta semana tocou cada um de modo diferente e suscitou uma experiência pessoal e transformadora. Se para uns foi uma experiência de Deus, para outros, terá sido o despertar para Jesus, através do modo de vida de Taizé.
Na viagem de regresso os alunos puderam partilhar um pouco da sua semana. Este momento de partilha revelou-se muito enriquecedor, já que o que cada um sentia não era assim tão diferente dos outros, no entanto, o caminho para lá chegar era pessoal.
Taizé é apenas um lugar, mas o que se lá vive é muito especial e profundo. Talvez, por isso, deixe saudades a quem lá vai. A ida a Taizé só faz sentido quando se regressa, pois é cá, na família, na escola e com os amigos, que cada um tem que ser o “rosto de Jesus”, através de gestos concretos e de um testemunho de alegria.
[Fonte: SDEC - adaptado]