CAMINHADA CULTURAL- Pedrosas, Pereiro, Contige e Avelosa
Foi um grupo determinado, com cerca setenta elementos, guiado pelo professor Carlos Paixão, que não se deixou intimidar pelas previsões de muito calor, o que, na manhã de sábado, 17 de junho, percorreu mais alguns do caminhos da freguesia de Sátão, e se deixou encantar pelo património cultural e natural dos lugares de Pedrosas, Pereiro, Contige, Avelosa e Pedrosinha.
Marcado o encontro para o lugar da Praça, nas Pedrosas, os caminhantes partiram, por volta das 9 horas. Inauguraram o novo passeio da estrada principal e subiram ao Pereiro.
Nessa primeira paragem, à beira do chafariz e à sombra de uma casa típica, foi recordada a história relativa à criação da feira e foram ouvidas diferentes histórias contadas por quem participou nela como comprador e ou como vendedor.
A caminhada seguiu, depois, à beira dos campos cultivados e na orla da floresta até ao Cruzeiro de São João, local de encontro dos quatro caminhos e de separação das águas que podem correr para o Vouga ou para o Mondego.
Falou-se também dos antigos fornos da telha de Contige, das fontes, da partilha das águas, da Casa Xavier e dos Doutores de Contige, da capela da Senhora do Desterro, do Santo e da capela da Nossa Senhora da Boa Viagem. Foi aí que se fez uma paragem mais demorada, para se conhecer a história da sua construção e da talha que sobressai na capela-mor.
Vários foram os abraços dados ao eucalipto, por pequenos e graúdos, agradecendo a sua presença, a sua sombra e a sua história.
Postos os pés a caminho, tornava-se obrigatória a paragem no Senhor da Boa Sorte, para a pedir e para a agradecer. Dali até à “Espanha” foi um instante e, depois do viaduto que levou os caminhantes ao outro lado da Variante, acelerou-se o passo em direção às matas e campos da Pedrosinha, onde se descobriu mais um bonito cruzeiro.
Passada a fonte e a Canada, serviram as escadas do solar dos Melos para mais um breve momento de descanso e para se conhecer um pouco mais da Fonte Velha e das Alminhas que, há muitos anos se “namoram” e eram local de encontro de namorados, como se ouviu no extrato lido do conto: “O colecionador”.
A última paragem foi na capela de São Saturnino para uma observação atenta da arte, talha dourada, pintura e escultura, na acanhada capela-mor, mas onde se concentra um verdadeiro tesouro do património religioso.
Sendo a hora do meio-dia, terminaram alguns, por ali, e outros subiram, ainda, até ao monte de São Saturnino, atreveram-se a pôr um pé no concelho de Viseu e outro no concelho de Sátão e degustaram um fabuloso almoço, cozinhado e servido com muito zelo e carinho pelas gentes da ACREDIPE.
Este foi mais um evento no âmbito da Medida 5- Inclusão Cultural e Cidadania, do Plano Estratégico de Promoção do Sucesso Escolar, do Agrupamento de Escolas de Sátão, em parceria com a Câmara Municipal.